terça-feira, 14 de julho de 2009

220 Anos de Poder Burguês!

Vitor Quarenta
14 de julho de 1789, França, a população nervívica com o atual sistema absolutista saqueia e posteriormente "leva a baixo" o principal arsenal de armas da coroa francesa da época, a Bastilha de Saint-Antoine, edificação que fora construída para ser o portal de entrada do bairro nobre frances de Saint-Antoine, mas que acabou virando palco de guerra para a eclosão da maior revolução burguesa da história.
A passagem marca a história da humanidade sendo conhecida como "A Queda da Bastilha", e marco cronólogico do fim da Idade Moderna e início da Idade Contemporânea, mas como ja dizia o nobre sábio muito respeitado pelos editores deste espaço, " Datas são pontas de icebergs" e sem dúvida alguma, este evento evidencia esta máxima.
É desde então, há 220 anos, que os donos dos meios de produção estão no poder, estão no poder oficialmente, digo, pois está terra já havia exploradores e explorados muito antes dos tijolos da tal Bastilha. O caso é que faz 220 anos que vivemos o mesmo regime, com algumas mudanças. obviamente, mas que não passaram de reformas, e como toda reforma, só serviram para legitimar e consolidar o próprio sistema.
220 anos é um "bocado" de tempo meus caros amigos, e este artigo bem é superficial, mas eu me pergunto se não está na hora de tertarmos algo novo, arriscarmos algo maior. Meus caros, o fato é que a profecia é verossímea, a cobra come o próprio rabo, resta-nos sabermos se deixaremos que isso aconteça para ficarmos com a carcaça ou domaremos a cobra para transformá-la no que quisermos? Que caminho queremos para o aqui e agora?

A USP é invadida por PMs

Luna Zarattini
Como um campus onde se produz conhecimento pode ser invadido por policiais armados? Isso nos remete diretamente a ditadura militar, na qual os estudantes lutaram fervorosamente contra, pois estavam cientes do que realmente estava acontecendo. Se a polícia, em contra partida, o estado invade e toma conta da reitoria, da antiga reitoria e da coordenadoria do campus , além de outros espaços, significa que o estado pode intervir em pesquisas e na produção do conhecimento, limitando ideias que sejam contra o próprio governo como, mais uma vez aconteceu na ditadura.

Este é um texto escrito por Demétrio Toledo sobre a invasão da PM na USP, o qual eu apoio:
Serra “conseguiu transformar uma greve de funcionários da USP, parcial e de baixa adesão, em uma das maiores besteiras que alguém já cometeu ocupando um cargo de governo (consciente ou inconscientemente).
A história, resumida em seus pontos fundamentais, é a seguinte: depois de quase um mês de uma greve bastante fraquinha e sem maiores emoções, o Serra, quer dizer, a Justiça, instada pela reitoria da USP, mandou a PM invadir o campus e montar guarda em prédios da administração, sob o pretexto de coibir e debelar piquetes de funcionários grevistas. A atitude foi tão grotesca e causou tamanha repugnância na comunidade acadêmica que de pronto estudantes e professores, que até então vinham emitindo apenas as costumeiras moções de apoio aos funcionários em greve, solidarizaram-se e entraram em greve (só o Serra acha razoável colocar de bedéis policiais de metralhadoras). Ponto central da pauta: a saída da PM do campus.
Como o Serra não passa sem um gran finale, ontem o bicho pegou, com a polícia invadindo a USP, coisa nunca antes vista nem pensada (se bem que meus colegas da PUC-SP já viram esse filminho xexelento duas vezes…), com direito a balas de borracha, gás pimenta, bombas de efeito moral (quem deu nome a esse singelo artefato – imagino que tenha sido o animal que o inventou – nunca ficou perto de um quando ele explode; é caco pra todo lado, e dói, acreditem em mim) e aquele jeitinho que só a polícia tucana tem. Enfim, coisa pra não esquecer.”


FONTE: http://www.amalgama.blog.br/06/2009/a-usp-invadida-pela-pm/