quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Estética da Pixação.

Vitor Quarenta
Vivemos em uma cidade de fato singular, acabo de saber que foi aqui em São Paulo que a pixação teve sua origem, sendo assim um movimento legítimo da Paulicéia ritmada.
A Pixação é algo que nos deparamos no nosso dia-dia adentrando nossa frente em cada esquina, cada muro, cada espaço urbano.
Confesso ter passado grande parte da minha vida reprimindo esse tipo de movimento devido a sua grosseria estética, se é que posso cometer esse julgamento pouco digno, mas de uns tempos para cá tenho me pego pensando e defendendo os pixadores da São Paulo que não dorme.
Pelo simples fato de ser um legítmo movimento de apropriação do espaço urbano que nos é tão estranho. Deixar o nome lá pixado em preto com uma tipografia pouco compreensível nas portas do Banco Safra ou da Venda de Verduras do italiano anarquista nada menos é do que tornar a cidade menos estranha aos seus habitantes, e principalmente aqueles menos privilegiados, a quem ela normalmente é mais hostil e rude.
Não hei de entrar no mérito do desenho em termos qualitativos, ou mesmo se aquilo é de fato arte, pois embora eu a considere, não é esta a questão na qual pretendo me apegar.
Mas sim como as pixações interferem no cotidiano, e se levadas para a galeria elas ainda trazem sua essência enquanto manifestação artística urbana e popular. Em primeiro lugar é importante discutirmos o que é público, o que é o espaço público. O recorrente argumento de que aquele muro pertence a um "cidadão de bem" e o pixador não tem o direito de vandalisar aquilo com sua natureza criminal é bem presente nos discursos de quem se manifesta contra o movimento de pixação, logo, começo nesta mesma chave, só que ao contrário.
Primeiro eu gostaria de ir logo ao ponto, bem claramente: Do muro pra dentro é seu, mas do muro para fora, incluindo o muro, meu querido, é tudo nosso! É da cidade, e sendo da cidade pertence a todos, todos podem e devem interferir naquele espaço pois a cidade não deve ter sua funcionadlidade ligada somente a estadia de seus munícipes, ou ser uma paisagem tranquila, a cidade é o lugar dos confrontos, entre as ideologias, entre as realidades e no caso entre as estéticas.
E antes que venham com aquele discurso fraco e batido de que "seu direito acaba onde o meu começa" digo lhe que no caso os direitos estão todos misturados, e se depender de mim e dos pixadores, eles seram escritos e atravessados nos muros das nossas casas.
Então cabe a nós interferirmos no espaço urbano. A nossa representação de classe(filhos da burguesia), cá entre nós, não tem nenhuma produção ligada a este tipo de intervenção (podem desistir! que consumir não é intervenção no espaço, pelo contrário, e a reafirmação de uma estética de massa). Os pixadores hoje, são os que melhor modificam e se apropriam deste espaço, escrevendo os seus nomes, se indentificando com a cidade.
Mas não me venham também com discurso de ONG, que sempre, repito, sempre é hipócrita e mercadológico, de que vai selecionar um muro no seu beco particular ou da sua galeira de "strett-art" ou espaço do meio-ambiental para que os pixadores e grafiteiros desenhem e que todos possam conviver em paz. Esse discurso pode parecer uma alternativa à estética atual,mas nos engana, pois ele a reafirma, se apropriando desses movimentos, e vendendo suas mercadorias atraves desses movimentos(vejam os becos da Vila Madalena, o quão mercadoria aquilo já virou.).
Lembremos, meus caros amigos, não estou discutindo estética, pois definitivamente os becos da Vila Madalena, entre outras centenas parecidos são belíssimos e confesso ser conservador demais para discutir estética, digamos que minha caretisse artística não cai bem à essa discussão tão revolucionária.
Também não peço que os governos a partir de então incluam pixo nas "leis das cidades limpas", não quero ver o pixo sendo apropriado pelos tucanos e democratas com suas confusões urbanas ou até mesmo pelos petistas que em grande parte, só fazem média, eu quero ver o pixo na ilegalidade, pois só um movimento esteticamente violento pode responder a altura a violência estetica do capitalismo.
A critica e a resposta tem que ser radical, não pode ir para as galerias, não que as galerias não sejam o lugar da revolução estetica, mas esta especifica só é revolucionaria quando feita na urbes, na galeria ela fica domada, como o capital a quer, calminha.(já imaginou um pixo da Hello Kitty?)
Eu entendo que estes artistas ou interventores tenham de ganhar seu dinheiro e que todo mundo quer satisfazer seus desejos, mas na galeria não é pixo, é uma copia estética do pixo, mas não o é!
Não podemos levar os pixos para as galerias convencionais, temos que entendermos a rua como a galeria legítima para esse tipo de arte, temos de mudar nossa concepção de cidade, a cidade é um museu, uma galeria, cabe a nós ressigficá-la frente ao ritmo de produção. As obras já estão expostas, devemos diminuir nosso ritmo para vê-las.
Mas não devemos entender a cidade como uma galeria que proteje suas obras, por serem elas sacras, pelo contrário, a insegurança da obra na cidade é o seu maior valor museológico, a obra enquanto interina,uma obra na cidade que não seja perene, que não fique trancafiada em uma caixa de vidro, como a Monalisa. Que seja destrutível, para que então, possa ser recriada e assim se sustentará a verdadeira arte urbana.
Confesso não apreciar a estética do pixo, mas a arte e os movimentos estéticos em geral são como a espuma de uma bebida, elas só se sobressaem do que de fato é a sociedade. A sociedade planta sua própria cultura e a sua arte, e cabe a nós entendê-las melhor. Uma sociedade como a de hoje não pode pedir mais de suas formas artísticas populares do que o pixo, o grafite, pois eles são legitimos e refletem de forma contrária uma cidade de passagem.
Então meus caros, me manifesto aqui favorável à pixação, e caso esta venha a ocorrer no meu muro, aconselho o mesmo tipo de entendimento caso aconteça a vocês: Se dê por contente que seu muro foi apropriado, foi modificado. Caso não goste da modificação, vá até o muro do teu vizinho ou até o de alguém do outro lado da cidade e pixe, modifique,mas não resmungue por algo tão interessante e popular, pois aqui isto é raro, você acabada de presenciar na sua pele, digo parede, uma movimentação política de apropriação urbana do Séc XXI, é mais raro que ouro. Se satisfaça por ter ocorrido contigo, entenda o privilégio que você teve, e por fim, respeite a pixação e seus interventores, os pixadores.

sábado, 5 de setembro de 2009

Urgente: Pré-sal é necessário.

Luna Zarattini
Quatro é o número de projetos do pré-sal enviados ao Congresso:
O primeiro altera o modelo atual de contrato de concessão para um sistema de partilha, o segundo, cria a Petro-sal, estatal que vai gerenciar o pré-sal; o terceiro, estabelece um Fundo Social para gerir e distribuir os recursos e o quarto prevê a capitalização da Petrobras.


-Mais afinal, o que é a camada pré-sal?

Localizada abaixo do oceano, cerca de 7km de profundidade, a camada pré-sal, de acordo com seu nome, está antes de uma expessa camada de sal, a qual alguns pesquisadores atribuem o fato de preservar a imensa quantidade de uma preciosa fonte de energia: o petróleo, encontrado nessa camada.

Cabe ao Brasil como dono dessa mina de petróleo, gás natural e outros hidrocarbonetos do présal tomar inicitivas para melhor utilizá-lo, pois logo atrás, milhares de olhares ambiciosos estão querendo nosso petróleo e muitos estão loucos para entregá-lo. É por esse motivo que há tanta urgência para a avaliação dos projetos realizados pela equipe do nosso presidente.

Todos os quatro projetos fazem parte de um projeto maior que irá realizar grandes mudanças para a situação do nosso país.

Esses projetos são a mudança da lei de 1997 criada pelo governo de Fernando Henrique Cardoso, lei a qual acabou com o monopólio estatal do petróleo da Petrobrás mudando a constituição para que as compahias estrangeiras explorassem o nosso petróleo. Foi nessa época que Henrique Cardoso denominou de "Dinossauros" aqueles que defendiam o monopólio do petroléo e tinham nostalgia da campanha "o petróleo é nosso". Essa lei denominada regime de concessão diz que todo o petróleo extraído por uma empresa estrangeira é pertencente a esta. O primeiro projeto quer acabar com o regime de concessão, criando o sistema de partilha. O sistema de partilha faz com que todo o petróleo extraído seja da União e é ela que fará o pagamento para as empresas estrangeiras em óleo. Além disso, as empresas estrangeiras necessitam se associar a Petrobrás que será operadora de todas as empresas estrangeiras, cobrindo 30% dos gastos para instalá-las e os outros 70% elas que cobrirão. O Petro-sal entra nesse caso como uma pequena empresa que irá se responsabilizar pela regularização da exploração do petróleo, no caso, se o petróleo estiver em alta no mercado, o Petro-sal irá autorizar a exploração de petróleo para a Petrobrás e as empresas estrangeiras associadas determinando também a percentagem que ficará com ela. Os lucros do petro-sal irão para um fundo soberano ou fundo social que irá investir na eduçação, saúde, diminuição da miséria, nas industrias e na inovação tecnológica, nas pesquisas.

Os tucanos estão contra esses projetos, mas sabem que se declarem expressamente contra, eles irão perder as eleições, pois serão acusados (eles são) de entreguistas do petróleo nacional. José Serra já não diz nada sobre sua posição, mas foi em 1997 que ele como nosso senador aprovou a lei do Fernando Henrique Cardoso entregando nosso país para as empresas estrangeiras. Quem dirá a Amazônia, nesse caso.









terça-feira, 18 de agosto de 2009

Mulher: com burca ou sem burca?

Vitor Quarenta:

Caros leitores, hoje, andando pelas ruas da cosmopolita São Paulo, encontrei uma senhora muçulmana que se vestia com a famosa burca (véu normalmente de cor escura que tem a finalidade de esconder o rosto feminino), a polêmica burca! E como não resisto à uma boa polêmica, coloquei-me a pensar sobre a veste...
Digo antes de tudo, que para mim, este é um tema que devemos ter os maiores cuidados possiveis para falar sobre, pois meus caros, se trata de cultura e lidar com cultura requer grandes pinceladas de zelo.
Nunca tive uma opinião formada sobre a tal veste oriental, mas, sabia que quando se trata da cultura do outro temos de "puxarmos o freio de mão" pois podemos acabar condenando características culturais como condenávamos as tribos indígenas que matavam seus segundos filhos por uma questão de capacidade de alimentação.
É claro que matar o filho não é das atividades mais apreciadas na nossa cultura ocidental, porém, temos que entender que certas ocasiões são pontos fundamentais na formação da identidade de seu povo, e no caso do "prólecídio", são determinantes no futuro da aldeia.
Meus caros, a questão não é que estes tipos de atos devem ser eternos nestas civilizações. A cultura, como bem sabemos, é de característica mutável e híbrida, e ao decorrer dos tempos é de sua natureza que mude e junto com ela os costumes de seu povo. Porém, muito diferente da mutação natural da cultura acontece quando uma nova cultura é imposta sobre uma população ou que caracteísticas antigas sejam mudadas por força maior, que não seja pelo desejo da população.
O que me parece ser ruim é a pressão que o mundo ocidental faz sobre os costumes orientais, é bem claro que as diferenças são inumeráveis, porém o egocentrismo ocidental passa por cima do conceito que na minha opinião é o mais importante para o convívio em sociedade, o de cultura.
Embora ache que essas características devem ser respeitadas acho muito importante a troca de opiniões sobre os temas para que faça que os habitantes de qualquer cultura possam julgar da melhor forma possivel as condições em que vivem.
E é dessa forma que me ponho a questionar o uso da burca... Na minha humilde opinião a burca vai além de ser um simples ícone religioso e cultural, é sem duvida alguma uma ligação direta com o fundamentalismo, doutrina essa que repudio sob todas as circunstâncias.
A burca nada menos é do que um sinal pleno de submissão feminina ao pratriacalismo islâmico, e partindo desse pressuposto proponho a questão de se é essa a concepção de mulher que desejariamos para nossas filhas, irmãs e mães. Se é essa a mulher que queremos para nossa sociedade e para a sociedade de nossos companheiros de especie. Com muito cuidado, temos de pensar se queremos ver para sempre a mulher islâmica submissa às regras conservadoras do Oriente Médio.
É uma questão, simples e complexa, como outra qualquer.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

PSOL: O partido da piada!

Vitor Quarenta:

Hahaha! Estou sendo bombardeado por simpatizantes do PSOL! Primeiramente, para não deixar dúvidas, me assumo aqui um ferrenho adepto do marxismo. Mas creio que ser marxista já não basta para ganhar meu voto. Eu admiro a perceverança do PSOL e as ideologias a serem seguidas, mas meus caros, eu só acho que vocês nasceram algumas décadas atrasadas! Contarei um diálogo rápido acontecido em um debate, que chegou até mim atraves de seguras fontes: Plinio de Arruda Sampaio( personagem pelo qual tenho profunda admiração e respeito. Na minha opinião é o mais competente da bancada do Socialismo e da Liberdade) estava discursando quando é dirigida para ele a seguinte pergunta de um companheiro de partido " Plínio, quem são nossos inimigos? ". Bom, é simplesmente hilariante a situação, essa pergunta foi extinta dos clichês esquerdistas tem mais de três décadas. Meus caros me desculpem, mas vocês não passam de hilariantes, vocês estão fazendo guerra de giz com a faculdade tomada.
Falta uma coisa ao partido, maturidade. E maturidade na política é praticamente tudo. Posso estar sendo conservador, mas um partido que candidata a Heloísa Helena para presidência, não pode ser um partido serio. Vocês estão brincando de política, acham que estão em 1968, mas não deixam as saias rodadas de suas queridas mães. Eu também não deixo, dou risada de vocês daqui de dentro, mas não porei em jogo um bem comum, um ideal maior, em troco da minha ineficiência ligada sempre ao meu desejo de aparecer.
Mas tudo bem, todos os partidos começaram um dia, eu entendo. Mas a questão que nem de massa vocês são, as pastorais e os movimentos socias mais importantes ainda estão nas mãos das mesmas pessoas, dos petistas, que inteligentemente sabem como fazer uso dessa imagem, seja ela correta ou não. Mas não estou aqui para discutir o que o PT se tornou, não pelo menos agora. A questão é que a bancada do PSOL cabe dentro de um Fusca 68, e como se já não bastasse a inferioridade, vocês ainda querem ser ouvidos através dos gritos estéricos da "líder" Heloisa Helena, vocês só devem estar brincando com a gente, não é? Querem ganhar o povo com carisma da Louca Helena? Hahaha, vocês de fato, são muito amadores... Podem ser contra o centro-esquerdismo petista, eu também poderia até ser, embora não seja, mas de fato eu reconheço que política, eles sabem fazer, e com competência. Já vocês meus caros integrantes do PSOL estão engatinhando em terra de gigantes... Até o logo do partido é ingênuo e infantil, como se este solzinho sorrice assim para todos. É um partido de tal insignificancia que nem a Rede Globo se preocupa, o PT sobrevive a façanha de resistir à força GLOBAL, vocês, pela ineficiência, não durariam um dia nas mãos gélidas do finado Roberto Marinho... Então me desulpem meus camaradas marxistas da liberdade, mas vocês de fato atiram para todos os lados e são com razão, motivo de chacota dos partidos liberais... Acho melhor vocês voltarem suas belas casas em Pinheiros e Vila Madalena que seus lugares são lá(com todo respeito ao moradores dos bairros). Vocês não entendeem o povo e nem o povo entende vocês. Cuidem dos seus cabelos crespos ao ventos, que o a população e o marxismo agradadece.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

É Guerra de Pizzas no Senado!

Vitor Quarenta:

Nesta quarta-feira chuvosa da cidade de São Paulo, eu estava cá lembrando do meus sonhos quando criança, e achei muito engraçado o anseio que tinha de inventar uma estratégia cavernosa para poder burlar as defesas inimigas e vencer de maneira patriótica um embate bélico, fosse ele de qualquer mundo ou terra perdida em minhas brincadeiras juvenis. Mas caindo em si, eu notei que muitos deram continuidade a este sonho, sim meus caros, e não falo dos grandes generais ou militares preocupados em responder ataques pouco-pacíficos de seus oponentes, estou falando daqueles homens que a cada oito anos tem suas licenças de trabalho renovadas pela população brasileira para continuarem na casa de pizzas que alguns costumam chamar de Senado. Estranho não é? A princípio eu também achava que eles só roubavam e arranjavam empregos para seus familiares, ou então que nas horas vagas passeassem de avião com as cotas de passagens aérias, mas o caso é que agora, de maneira escancarada, eles entraram em guerra de cumplicidade. O que isso quer dizer é no horário que eles estão sendo pagos(por sinal, muito bem) para defender os interesses da população brasileiras e então legislar da melhor maneira possível eles estão elaborando estratégias de guerra para incriminar seus adversários de possíveis "rabos presos" em um passado não muito distante e por incrível que pareça no presente também.
Para não dizerem que estou acusando de forma iresponsável sem poder comprovar nada, faço uso dos acontecimentos:
Como todos nós sabemos, uma crise política assola o Senado Federal. O então presidente da casa, o peemedebista José Sarney foi denunciado formalmente pelo senador Arthur Vigílio(PSDB) de vir realizando desde 1995 uma série de atos secretos, entre eles inúmeros empregos cedidos à parentes, crime este conhecido por nepotismo. Desde as denúncias feitas há um mês, já foram abertas quatro representações contra o senador, as 3 últimas feitas ontem por senadores tucanos declarando guerra entre o PMDB, partido com maior número da base aliada e o PSDB, partido que se mostrou mais indignado com a corrupção, como se esse "Tucano Indignado" fosse um pássaro límpido voando com leveza no planauto central, doce ilusão.
Mas o caso é que até então estava quase tudo controlado para o PMDB, com o Presidente Lula apoiando Sarney e uma representação contra o senador peemedebista, feita pelo PSOL, partido este que atira para todos os lados do senado e não assusta ninguém com pedra e estilingue na mão de seu único representante, o senador José Nery, quando de supetão a mesa de pizza do Senado virou. Os senadores peemedebistas desatentos com a pizzaria deixaram seus pedaços cairem no chão, à mostra de toda a clientela.
O presidente ainda apóia Sarney, na esperança de tranquilidade no Senado e com medo de perder a presidência da casa para a oposição, caindo assim de maneira assustadora a governabilidade dos últimos anos de seu segundo mandato. Porém os representantes petistas na casa já não seguem de maneira rigorosa as ordens do maquinista Luis Inácio e ameaçam pular fora da locomotiva, como fez o senador Aluísio Mercadante ao propor o afastamento de Sarney do principal cargo do Senado. Fora isso, nos últimos dias o PSDB, partido mais numeroso da oposição largou as beiradas do muro, posição esta que é de praxe na sua ideologia e avançou contra o peemedebista abrindo então outras três representações, estas que se aceitas pelo relator abrem automaticamente um processo por quebra de decoro parlamentar.
Não preciso nem dizer que isto sacodiu as pernas de Sarney e de seus colegas partidários provocando uma reação que foi, para mim, um dos momentos mais interessantes e pitorescos do caso. Acontece que o o PMDB acoado pelas denúncias e pela pressão feita sobre o senador ameaçou abrir processos contra senadores tucanos e que teriam motivos para isto. O lider do PMDB no senado, Renan Calheiros disse à bancada tucana que o troco viria na mesma moeda, e abriria uma representação contra senadores tucanos, principalmente contra o líder no senado, Arthur Virgílio , chamando-o de réu confesso por ter admitido receber dinheiro emprestado do ex-diretor Agaciel Maia, e também de ter contratado funcionário-fantasma. Fora o capitão-do-mato tucano, o PMDB também cogita entrar com representação contra o senador Tasso Jereissati que usou verba de passagens aéreas para fazer manutenção no seu avião particular.
O líder tucano, Arthur Virgílio anunciou ontem que começou a devolver os 210 mil reais que seu funcionário "recebeu" do Senado para estudar no exterior, fato essse que me deixa espantado, irei pensar melhor antes de estudar fora do páis, já que anda tão caro assim.
Então meus caros, coloquei-me a pensar, será que investigações como estas teriam que ser cogitadas mediante a crises no Senado? Isso nos leva a imaginar que deve ter muito mais escondido, e encoberto pelos senadores. O PMDB e seus senadores tinham que esperar ser atacado pelos Tucanos para tornar público tais ilegalidades? Não seria este o papel do senadores que lá estão? Fiscalizar o trabalho de cada um, e quando algo estiver errado tornar publico e investigar da maneira mais séria possível.
Bom, então agora estamos partido do pressuposto que cada um defende o seu pedaço de terra e seu pão com manteiga, que por sinal está saindo cada vez mais caro, e não há mais compromisso nenhum com a transparência da Casa. São necessárias crises para que hajam mudanças nesta terra de ninguém? São perguntas que eu me faço e acho que os nossos queridos e fiéis representantes deveriam se fazer também. Meus caros companheiros, enquantos as pizzas voam na Casa da Desordem nosso país vai tocando em frente na esperaça de um dia melhor. E como diria o Presidente Lula, deixa a poeira baixar que a gente vê o que faz.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Fetiche por Curso Técnico?

Vitor Quarenta:
Caros leitores, nesta terça-feira gélida da cidade de São Paulo, estava eu, estudante da tão favorecida classe média em uma lotação pública, então decidi por-me a ler o que se passava e discutia neste país de pizzaiolos. Acompanhava com atenção o primeiro caderno do jornal Folha de São Paulo quando ao virar rumo a página A3 " Tendências/Debates" emplaquei meus olhos que borbulhavam em óleo diesel no seguinte artigo: " Educação e Trabalho: um salto para o futuro" obra do nosso ilustríssimo Geraldo Alckmin e também do economista Paulo Renato Souza. O primeiro dispensa comentários, herdeiro da boa fama de Covas e dono de um fetiche por construção de penitenciárias no estado mais rico na nação, Geraldo Alckmin se encontra solitário e triste no também gélido PSDB. Já o segundo, caso não o conheça, lhe faço o favor de apresentar-lhe, Paulo Renato Souza é economista e Secretário da Educação no Estado de São Paulo, cargo este que já ocupou durante o Governo Montoro, além, de já haver ocupado o cobiçado cargo de Ministro da Educação, este ultimo que exerceu durante o governo do nosso finado Fernando Henrique Cardoso. O artigo me chamou atenção pela formalidade e característica eleitoral que trazia em si, elogiando em inúmeros momentos os planos educacionais do Governo Serra e Kassab, e principalmente o encontro entre os dois governos. Mas o que foi que os nossos esquecidos tucanos encontraram de tão interessante na educação deste cunho de terra governado pelos seus colegas de partido e aliança partidária?
Ah! Meus caros companheiros, é exatamente aí que entra o enfoque da questão. Os dois Tucaninhos estavam elogiando a vitoriosa pedagogia tecnicista no ensino público. O que exatamente isso quer dizer é que eles aplaudem de pé e com aquele sorriso mais amarelado que a bandeira Tupiniquin o Governo do Estado de São Paulo e a Prefeitura da Capital Paulista, pelo êxito na implantação de dezenas de Escolas Técnicas e Faculdades de Tecnologia.
Mas desde quando o PSDB e principalmente o nosso Geraldinho se preocupa com a educação dessa gente que cá sobrevive? Vocês sabem, quando a esmola é grande o povo...bom, o povo nem desconfia, e nem desconfiará que estas escolas não é nada mais do que formar mão de obra barata, rápida, qualificada e principalmente alienada de todos os modos que está sendo explorado.
Agora sim, eu encontro uma ligação lógica entre PSDB e escola pública, esta última que vem sido abandonada principalmente pelo Estado de São Paulo ao longo das décadas, tendo como homem forte desta manobra um grande entendedor de educação, o economista Paulo Renato Souza. Mas vejam só que coincidência, o homem está elogiando seu próprio plano maquiavélico de controlar a massa. Mas, cá entre nós, ele está cumprindo o seu papel, de economista é claro, poupando investimentos do que considera menos importante, no caso, a educação e guardando para contruir grandes obras de infra-estrutural, como a Ponte Estaiada, mais conhecida como o "Funil da Marginal", ponto onde diariamente carros se encontram congestionados, isso por que nosso querido Kassab prometeu ser a obra que salvaria o trânsito na cidade. Pelos menos, para fundo dos programas da Rede Globo ela serve, nada mais justo, afinal, uma mão lava a outra e as duas juntas... elegem o palmeirense José Serra.
Voltando ao assunto, desde o Governo Montoro estamos na mesma picada em meio a selva de interesses, porém, agora não basta só esquecer a educação do povo, tem de forçá-lo a trabalhar melhor, mas contando que não façam muitas perguntas, se não meus caros, o nosso Prefeito Kassab vai acabar chamando-o de VAGABUNDO, igualzinho fez com o trabalhador que foi questioná-lo sobre seu governo.
Compartilho aqui com vocês a minha indignação em meio as "fôrmas de trabalhador" que estão sendo construídas neste lugar que chamamos de São Paulo. Mas, estes trabalhadores baratos vão para onde posteriormente? Simples, vão para as grandes industrias que financiam e gerenciam este partido.
Alguém tende avisar aos nossos queridos tucaninhos que qualificação não é, educação, e que educação neste estado nunca foi praticada, não pela mãos destes homens. Mas se é para avisá-los do que está acontecendo, que não seja por meio de um diálogo pobre das novelinhas da Rede Globo. Afinal, como quase diz a vinheta da emissora:
EDUCAÇÃO: A GENTE NÃO VÊ POR AQUI.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Justiça ou Revanchismo?

Marina Yatsuda Frederico
O Major Sebastião Curió Rodrigues de Moura abriu ao jornal Estado de São Paulo no dia 21 de Junho de 2009, arquivos que comprovam a execução de 41 guerrilheiros no Araguaia que já estavam rendidos e presos não tinham e sem possibilidades de defesa. Esta chacina ocorreu no período da Ditadura Militar, nos anos de 1972 a 1975, quando integrantes do Partido Comunista do Brasil foram para região do Araguaia (Sul do Pará) com o objetivo de derrubar o governo e ajudar a população daquela região que até então conhecia apenas a miséria, doenças causadas por falta de cuidado, pela fome e pela ignorância. O Exército invadiu aquela região em busca destes militantes (injustamente conhecidos como terroristas), e pode-se dizer que com eles guerrearam (de forma covarde, devido à desproporção de Forças) até o ano de 1973, quando iniciou a campanha de genocídio aos participantes da guerrilha e seus apoiadores. O objetivo era matar, os meios: torturar até mesmo de moradores da cidade muitas vezes, para obter informações dos esconderijos do inimigo. Os corpos nunca foram entregues a familiares e estão desaparecidos até hoje.
Major Curió foi um dos participantes e não mostra nenhum arrependimento ao declarar “Se tivesse que combater novamente a guerrilha eu combateria, porque estava erguendo um fuzil no cumprimento do dever, cumprimento de uma missão das Forças Armadas, para assegurar a soberania e a integridade da Pátria’’ e utiliza argumentos sínicos como, por exemplo, “Não se corta erva daninha pelo caule. “É preciso arranca – lá pela raiz, para que não tenha novamente.” Declarações feitas ao Estado de São Paulo nos dias 21 de Junho de 2009 e 22 de Junho de 2009.
A versão dos oficias militares conhecida até então é que os militantes que morreram estavam de armas na mão, isto é, em pleno combate. Alguns negavam a existência da Guerrilha do Araguaia que no período, a censura proibiu que se noticiasse qualquer coisa a respeito. Após as revelações de Major Curió, a busca pelos corpos iniciou-se, pois não se pode mais usar como desculpa a falta de documentos e dados.
O medo que achem estes corpos e descubram como foi cada assassinato paira até hoje sobe as Forças Armadas e por isso o Ministro da Defesa, Nelson Jobim, vetou a participação de familiares nas buscas, alegando que por ser parte interessada nas investigações agiriam sem isenção. Todavia, em relação às Forças Armadas, não só permitiu a participação nas investigações como deixou a operação ser comandada pelo exército. Este não é parte interessada. É a parte justamente acusada, embora Jobim diga que é revanchismo da parte dos parentes das vitimas quererem a punição de torturadores e assassinos, pois diz que a Lei da Anistia obriga a anular qualquer ação ocorrida no período militar. Porém o ministro se esquece que a Anistia não cobre crimes bárbaros como tortura, execução de prisioneiros e sumiço de corpos. Estes são considerados crimes contra a humanidade e, portanto, não podem ser “esquecidos” e “arquivados”. Para Jobim, a Justiça mudou de nome, chama-se agora “revanchismo”. Esperamos que a lei não ceda a esta mudança.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Rede Globo: com os pés na lua e a cabeça nas eleições municipais!

Vitor Quarenta:
Engana-se quem pensa que em ritmo de comemoração, a nossa querida Rede Globo está com a cabeça na lua, o ilustríssimo satélite encontra-se solitário no horário nobre televisivo.
Sexta-feira passada, dia 17 de julho, véspera de comemorações lunáticas, a Rede Globo deixou o espírito científico de lado e se aprofundou na boa e velha propaganda política. Talvez tenha se exaltado com a bandeira estadunidense propagandiando aos "ares" lunares e tenha almejado uma bandeira igualmente azul, só que desta vez na mescla com o amarelo de nossa pátria mãe gentil. Foi na chamada "novela das sete", que em um diálogo bem organizado sobre preconceito e bulling que dois belos personagens discutiram de uma maneira incrívelmente superficial e pobre sobre o tema, como se já não bastasse a podridão do momento, um dos personagens se levanta e recomenda ao outro um livro que
poderia ajudá-lo a entender o acontece na juventude de "hoje em dia", é então que para meu espanto ele propoem ao outro o título "Pedagogia da Amizade" de Gabriel Chalita. Eu, infelizmente não pude me conter e dei uma bela gargalhada, e embalado pelo espírito de influências televisivas eu, tal como nosso amigo Simba, de O Rei Leão, ri na cara do perigo.
Meus caros, vou esclarecer-lhes a minha surpresa diante de um doce conselho educacional e de conduta moral que nossa querida e ingênua Tevê Globo nos deu ao recomendar Gabriel Chalita para prefei(...) digo, para uma ótima leitura.
Gabriel Chalita é hoje vereador da cidade de São Paulo, o vereador que obtivera o maior número de votos na ultima eleição chegando até 102.048 votos e assim se tornando o nome forte da bancada do PSDB na Assembléia Paulista. Gabriel Chalita também foi secretário da Educação do Estado de São Paulo durante o Governo de Alckmin, e é sem dúvida alguma, na minha humilde opinião, o Prefeito de São Paulo em menos de 4 anos. Por que digo isso? Simples, a oposição desesperada pelo contentamento brasileiro com o Governo Lula, tendo que se arriscar em ares mais altos, mais próximos da nossa velha lua, mas com medo de perder o domínio da cidade conservadora de São Paulo, então, nada melhor do que lançar um jovem, bonito, que parece ter uma longa carreira na política e entender "muito" de educação. Além do mais, Chalita é um dos nomes da "panelinha de Serra" que mais contenta a "panelinha do aluado Alckmin" que para a tristeza de nosso querido e falecido Roberto Marinho não consegue enganar mais ninguém. E Chalita, que fica em cima do muro dos "em cimas do muro" é nome com mais cara de PSDB, e de burguesia paulista, nome forte, e com uma "leve" ajuda do maior poder político do país, nossa amável Rede Globo, será em pouco tempo o cabra macho dos Tucanos, que ironicamente se encontra com pinta de galã da Rede Globo, nesta foto acima, e ainda mais, nas nuvens, bem próximo da nossa esquecida lua.
Tudo pode estar parecendo tranquilo por entre set's televisivos da Rede Globo, mas o medo assola a emissora, um coro ruge no pé dos ouvidos dos nossos queridos Marinhos, "Olê Olê Olê o lá, Dilma Dilma".
Em tempo de comemoraçãos dos memoráveis embates bélicos entre o comunismo e o capitalismo, a Rede Globo finca na lua a Bandeira Tucana e luta a favor das ruínas do liberalismo no confronto contra os subversivos petistas.

terça-feira, 14 de julho de 2009

220 Anos de Poder Burguês!

Vitor Quarenta
14 de julho de 1789, França, a população nervívica com o atual sistema absolutista saqueia e posteriormente "leva a baixo" o principal arsenal de armas da coroa francesa da época, a Bastilha de Saint-Antoine, edificação que fora construída para ser o portal de entrada do bairro nobre frances de Saint-Antoine, mas que acabou virando palco de guerra para a eclosão da maior revolução burguesa da história.
A passagem marca a história da humanidade sendo conhecida como "A Queda da Bastilha", e marco cronólogico do fim da Idade Moderna e início da Idade Contemporânea, mas como ja dizia o nobre sábio muito respeitado pelos editores deste espaço, " Datas são pontas de icebergs" e sem dúvida alguma, este evento evidencia esta máxima.
É desde então, há 220 anos, que os donos dos meios de produção estão no poder, estão no poder oficialmente, digo, pois está terra já havia exploradores e explorados muito antes dos tijolos da tal Bastilha. O caso é que faz 220 anos que vivemos o mesmo regime, com algumas mudanças. obviamente, mas que não passaram de reformas, e como toda reforma, só serviram para legitimar e consolidar o próprio sistema.
220 anos é um "bocado" de tempo meus caros amigos, e este artigo bem é superficial, mas eu me pergunto se não está na hora de tertarmos algo novo, arriscarmos algo maior. Meus caros, o fato é que a profecia é verossímea, a cobra come o próprio rabo, resta-nos sabermos se deixaremos que isso aconteça para ficarmos com a carcaça ou domaremos a cobra para transformá-la no que quisermos? Que caminho queremos para o aqui e agora?

A USP é invadida por PMs

Luna Zarattini
Como um campus onde se produz conhecimento pode ser invadido por policiais armados? Isso nos remete diretamente a ditadura militar, na qual os estudantes lutaram fervorosamente contra, pois estavam cientes do que realmente estava acontecendo. Se a polícia, em contra partida, o estado invade e toma conta da reitoria, da antiga reitoria e da coordenadoria do campus , além de outros espaços, significa que o estado pode intervir em pesquisas e na produção do conhecimento, limitando ideias que sejam contra o próprio governo como, mais uma vez aconteceu na ditadura.

Este é um texto escrito por Demétrio Toledo sobre a invasão da PM na USP, o qual eu apoio:
Serra “conseguiu transformar uma greve de funcionários da USP, parcial e de baixa adesão, em uma das maiores besteiras que alguém já cometeu ocupando um cargo de governo (consciente ou inconscientemente).
A história, resumida em seus pontos fundamentais, é a seguinte: depois de quase um mês de uma greve bastante fraquinha e sem maiores emoções, o Serra, quer dizer, a Justiça, instada pela reitoria da USP, mandou a PM invadir o campus e montar guarda em prédios da administração, sob o pretexto de coibir e debelar piquetes de funcionários grevistas. A atitude foi tão grotesca e causou tamanha repugnância na comunidade acadêmica que de pronto estudantes e professores, que até então vinham emitindo apenas as costumeiras moções de apoio aos funcionários em greve, solidarizaram-se e entraram em greve (só o Serra acha razoável colocar de bedéis policiais de metralhadoras). Ponto central da pauta: a saída da PM do campus.
Como o Serra não passa sem um gran finale, ontem o bicho pegou, com a polícia invadindo a USP, coisa nunca antes vista nem pensada (se bem que meus colegas da PUC-SP já viram esse filminho xexelento duas vezes…), com direito a balas de borracha, gás pimenta, bombas de efeito moral (quem deu nome a esse singelo artefato – imagino que tenha sido o animal que o inventou – nunca ficou perto de um quando ele explode; é caco pra todo lado, e dói, acreditem em mim) e aquele jeitinho que só a polícia tucana tem. Enfim, coisa pra não esquecer.”


FONTE: http://www.amalgama.blog.br/06/2009/a-usp-invadida-pela-pm/