domingo, 17 de outubro de 2010

SERRA NA CONSTITUINTE:

Quando foi eleito para colaborar para a feição da constituinte veja o que Serra fez:

a) votou contra a redução da jornada de trabalho para 40 horas;
b) votou contra garantias ao trabalhador de estabilidade no emprego;
c) votou contra a implantação de Comissão de Fábrica nas indústrias;
d) votou contra o monopólio nacional da distribuição do petróleo;
e) negou seu voto pelo direito de greve;
f) negou seu voto pelo abono de férias de 1/3 do salário;
g) negou seu voto pelo aviso prévio proporcional;
h) negou seu voto pela estabilidade do dirigente sindical;
i) negou seu voto para garantir 30 dias de aviso prévio;
j) negou seu voto pela garantia do salário mínimo real;
Fonte: DIAP — "Quem foi quem na Constituinte";pag. 621

Neobandeirantismo de Serra

Sábado, 03 de outubro, 22 horas.

[Ednilson Aparecido Quarenta] - Prof. Doutor em História Social pela Universidade de São Paulo

Recepcionado pelos uivos dos meus cachorros, pelo vão do portão, panfletos foram jogados ao meu quintal. Na vizinhança a cena e barulheira foi a mesma. Pensei em uma campanha institucional de última hora; a descoberta de um novo mosquito ou alguma epidemia que se multiplica com rapidez nessa cidade. Recolhi o panfleto e em letras garrafais descobri que a Dilma não gosta de mim. Sigo na leitura percebo que Dilma não gosta de mim e nem de ninguém que mora em São Paulo. Mais ainda, ela não gosta de aeroporto, de deficiente físico, de doente, de criança, de evangélico e de católico, enfim, que e mulher não gosta de nada. Guardo o apócrifo panfleto, e as imagens sugeridas com a força dessas palavras, me deixam por horas atormentado. Enquanto o sono não vinha, algumas cenas antigas voltaram da minha memória. Lembrei de um fulano que em um dia antes da eleição para presidente em 1989, me alertou que o Lula iria invadir o meu apartamento além confiscar a minha poupança. Lembrei de outras cenas que em todas as eleições são novamente requentadas: as FARCS, o aborto, o MST, o som do Lula, etc.

Ao neobandeirantismo de plantão, só falta resgatar o jargão da antiga locomotiva – São Paulo - que arrastava sozinho um montão de estados vazios. A fidelidade com que atuam, e a filiação com a tradição conservadora da inteligência paulista, nessas eleições, já beirou o absurdo. Aos “verdes” que chegaram aonde chegaram, por seus méritos e qualidades, mas também com uma certa leniência midiática em fabricar um agonizante segundo turno, o alerta contra essa hipócrita onda conservadora. Daqui para frente ouviremos o clamor de outras marchas, saudosos das calçadas da Maria Antonia, clamando pela volta de seus fantasmas, que entrincheirados no editorial de alguma revista ainda cantam glórias ao “Estado coração do Brasil”, “oficina de homens”, “raça de gigantes”, “planta gente” do nosso país, na luta contra o PT a Dilma e o Lula.

Ainda há tempo para que os paulistanos e paulistas recuperem a utopia radical do Professor Sérgio Buarque de Holanda e de Florestan Fernandes, e de tantos outros que em tempos sombrios, pensaram em um país sem rivalidades ou bairrismos regionais. Mesmo porque, foi por conta dessa arrogância da burguesia Piratininga é que fomos obrigados a engolir no passado a eleição de Collor, Jânio Quadros, Maluf, Fleury e Celso Pita.

Para que o Brasil continue crescendo e distribuindo renda, em defesa da Universidade Pública, que no governo Lula recuperou o seu prestígio em relação ao descaso e abandono da era FHC, voto sem medo em Dilma.

“Verás que um filho teu não foge à luta”

[Vitor Quarenta]

Votemos na Dilma. Não só pelo fato de Dilma representar a continuidade de um governo que como “nunca antes na história deste país” fez transformações sociais fundamentais, que acima de tudo fez o povo brasileiro sentir-se no direito de ter direitos. O governo do PT em 8 anos deixou claro que o povo oprimido tem direito a ter luz elétrica em casa [1], tem o direito ao saneamento básico [2], tem direito à moradia [3] e a outros direitos que não obtivemos no Governo FHC, e que o PT vem lutado para que eles aconteçam. Para o governo petista educação está acima de tudo, em oito anos o PT fez acontecer 16 universidades federais em todo o país, 48 extensões universitárias e 214 escolas técnicas, segundo as revista britânica The Economist, que ainda conclui dizendo que o FHC não fez nenhuma sala de aula pela educação, o que é verdade quando se confere nos dados.

O Governo Dilma é o governo que consolida um projeto para o Brasil, onde o trabalhador tem de ser valorizado e principalmente ser o maior beneficiado com o crescimento econômico da nação, o governo Serra é a ausência de projeto para o Brasil, deixando a deriva nas mãos lucíferes do neoliberalismo. Lula e Dilma mostraram que é possível fazer, e é possível fazer mais. É possível crescer diminuindo a desigualdade social, mostraram que é possível ser soberano e não se sujeitar as decisões políticas das outras potências, deixaram claro que não podemos depender financeiramente de mais ninguém, e se for necessário nós até emprestaremos dinheiro. O PT mostrou que o petróleo, de fato, é nosso! Não vamos privatizar o Pré-Sal e nenhuma das nossas grandes riquezas, vamos lutar pelos trabalhadores com as regras que por hora nos são dadas.

Precisamos eleger a Dilma Presidente! Para mostrar que o povo brasileiro não quer regredir à servidão, mostrar que o povo não quer a educação pública que o Serra manteve no Estado de São Paulo. Onde os alunos são jogados às traças e professores recebem salários vergonhosos. Vamos mostrar para o PSDB que não se trata professor e aluno com cassetetes, bombas e metralhadoras como eles vieram fazendo no combate às greves, estas de direito constitucional da classe trabalhadora! É isso que nós queremos para nossos estudantes, para os nossos professores e funcionários? Apanhar como se estivéssemos na Ditadura Militar? Não! Queremos ampliar as universidades públicas e a inserção do filho do trabalhador na universidade, com programas como o ProUni. Queremos a valorização do ambiente escolar e fazer do Brasil um país não da repressão mas do conhecimento, sendo este acessível a todos os brasileiros.

Estão fazendo campanha sórdida contra a Dilma, mas o PT não baixou o nível e será assim que nós conseguiremos manter nosso projeto. Disseram que a Dilma é terrorista, mas a Dilma companheiros, não fugiu para a Bolívia como o candidato Serra fez no período da Ditadura Militar Brasileira. Serra não foi exilado, fugiu como um covarde. Dilma ficou, lutou, guerreou, combateu, foi presa e torturada pela democracia assim como tantos outros de guerreiros, guerrilheiros, ou do que vocês quiserem chamar. Este passado ela não esconde de ninguém, diferente do Serra que tenta anular o processo histórico e se vincular por interesse à imagem do Presidente Lula. Será uma honra ter uma presidente com um passado tão digno quanto o da Dilma, assim como tivemos com o Lula. Vamos provar aos que pensam ao contrário que estamos completamente satisfeitos e honrados com a trajetória de Dilma.

Não podemos deixar que transformem a eleição para presidente em um plebiscito sobre o aborto. Temos que discutir projeto, concepção de Estado, o próprio aborto e não a moral de nossos candidatos. Não cabe a nós essa discussão de foro íntimo de cada candidato, sejamos maduros o suficiente para termos isto em mente.

Temos de discutir o que há de concreto, as aplicações no cotidiano e nas estruturas. A discussão do aborto na eleição não é somente uma afronta ao materialismo histórico, mas também um desfavor ao processo de redemocratização cultural do povo brasileiro. Estamos cansados de sermos iludidos por estes moralismos. Não são os crucificam Dilma que agem de modo ético para com a sociedade, pelo contrário.

Cristo há dois mil anos, escolheu pelos oprimidos, diante dos que exaltavam a fé para as multidões iludidas, e preterindo também os que pregavam o moralismo conservador pautado na palavra de Cristo, como o candidato Serra faz nesse tipo de ataque à Dilma. Todos ficaram surpresos na hora e questionaram a escolha controversa de Jesus e ele respondeu “Pois eu estava com fome, e vocês me deram de comer; eu estava com sede e me deram de beber; eu era estrangeiro e me receberam em sua casa; eu estava sem roupa e me vestiram, eu estava doente e cuidaram de mim, eu estava na prisão, e vocês foram me visitar.” (Mateus 25, 31-46) Sendo assim, se há alguém que segue princípios éticos cristãos em defesa da libertação do pobre, essa pessoa é Dilma. Sem ao menos se vangloriar disso, Dilma age quetinha como uma mineira e desta forma tornou-se essencial para o Governo Lula.

Serra disse ter como exemplo para si dois presidentes: Fernando Henrique Cardoso e Itamar Franco. O primeiro nos garantiu que foi o Serra quem mais defendeu a privatização da Vale do Rio Doce, uma das empresas mais lucrativas do país, e também da Light, fornecedora de energia. Durante uma entrevista à Revista Veja , FHC diz “O Serra foi um dos que mais lutou a favor da privatização da Vale” . O ex-presidente nos fez esse grandíssimo favor em falar a verdade sobre Serra, ele por usa vez nega tudo isso na campanha eleitoral, veja quem tem as duas ou mil caras... Itamar Franco por sua vez parece não ser tão amigável em relação ao Serra e solta o verbo sobre o candidato tucano “Ele nunca apoiou o Plano Real. Posso dizer por que fui presidente da República. Desde o início ele tentou bombardear o plano” Itamar ainda desmascara Serra quando o assunto dos genéricos “Ele deveria ter a decência de dizer que os genéricos surgiram no governo Itamar, não pelo Itamar, mas pelo grande ministro da Saúde que foi o Jamil Hadad”. Os exemplos que Serra tem como presidente estão mostrando o verdadeiro lado do “vampiro” apelido que consta no fichamento que ele tem junto à Ditadura Militar, igualzinha a ficha da “TERRORISTA DILMA” como a imprensa paulista pregou.

Mas calma, o Serra não está sozinho nesta, ele tem a imprensa paulista e a Rede Globo de Televisão ao seu lado nesta suja campanha. A Revista Veja e o Jornal Folha de São Paulo fazem acusações a Dilma em todas as suas edições, acusações sensacionalistas que já foram banalizadas até pelos próprios redatores. O Jornal Estado de São Paulo que se diz sob censura declarou apoio ao Serra, o que por sinal é muito digno, o mínimo que se faz. “Sob censura” o jornal demitiu a psicanalista Maria Rita Kehl por escrever um artigo sobre a desvalorização do voto do pobre por parte da classe média paulista. “Dois Pesos” é o nome do artigo o qual é de uma qualidade incrível. Maria Rita foi demitida sob a justificativa de opinião conflitante causando situações “insustentáveis”. Na internet rolam matérias interessantíssimas sobre a campanha tucana como os vídeos no Youtube sobre as campanhas eleitorais do Zé Serra. Além de uma comparação entre uma notícia dada pela rede Globo e outra pela Rede Record, ambas acompanhando o dia do candidato tucano em meio aos protestos da população. A grande mídia está fazendo basicamente a campanha do Serra, de forma descarada, e ainda trata o Governo Lula como um regresso na democracia brasileira. Não podemos esquecer o caso do apresentador do programa Roda Viva da TV Cultura (estatal do Estado de São Paulo), Heródoto Barbeiro que fora demitido e substituído pela “célebre” Marília Gabriela após questionar os preços do pedágio do PSDB ao candidato Zé Serra.

Temos de votar na Dilma, principalmente quem votou na Marina, para reformular o papel da mulher na política brasileira. Marina pediu “vamos com duas mulheres para o segundo turno” não conseguimos, então votemos na que representa o sexo feminino. Estamos cansados de mulheres só como primeiras damas no cenário político do nosso país. Não queremos Weslian Roriz, mulher do candidato impugnado pela ficha limpa. Ela assumiu o lugar do marido na candidatura a Estado do Distrito Federal, apoiada pelo PSDB e faz um grande papelão em rede nacional por não saber absolutamente nada sobre política. Nós não queremos a mulher sendo representada pela primeira dama Mônica Serra, esposa do candidato tucano, que diz que a “Dilma é a favor do aborto, logo, é a favor de matar as criancinhas” O interessante é que ex-alunos de Mônica Serra garantem que ela havia realizado aborto, causando polêmica na campanha de Serra. A mulher não merece um espaço na política representada por estes dois exemplos tão alienados. Não podemos nos contentar com pouco, lugar de mulher não como “primeira-dama” queremos uma mulher na presidência, queremos Dilma Presidente!

É claro que existem críticas a serem feitas e ganhos que não tivemos nestes oito anos, não podemos esquecê-los, como a tão desejada Reforma Agrária, e outros aspectos que o governo petista precisa melhorar e parece caminhar neste sentido. Contudo os ganhos que tivemos são insofismáveis e nós presenciamos na condição de brasileiros, não podemos trair o nosso olhar, como diria Leminski “tudo está na cara”.

Segundo a filósofa Marilena Chauí, que declarou voto à Dilma, Serra ganhou nas eleições em área de agroindústria, de latifúndio, as regiões de maior desmatamento do país, Serra não é um ambientalista. Serra é apoiado pelos ruralistas, bancada contrária aos avanços na legislação ambiental. O Governo Dilma e Lula quando ao chegar no poder encontrou a área de desflorestamento da Amazônia Legal em quase 30 mil km² anuais e diminuiu esse número para menos que 8 mil km², índice apoiado pelo Partido Verde e pela Marina Silva que idealizou grande parte deste projeto. Neste próximo governo vamos melhorar ainda mais. Lembre-se: Marina lutou a vida inteira contra o PSDB no Senado, quem votou em Marina, não traia sua própria candidata, vote em Dilma!

As eleições já vêm mobilizando muitas pessoas, com o risco de Serra se tornar Presidente do País,um grande número de intelectuais, religiosos, artistas, grupos populares, movimentos sociais já se posicionaram em favor de Dilma: nomes como Chico Buarque, Leonardo Boff, Aldir Blanc, Fernando Novaes, Gilberto Gil, Chico Cezar, Frei Betto, D. Pedro Casaldáliga, Hermínio Bello de Carvalho, Zé Celso, Ivaldo Bertazzo, entre outros, já se manifestaram. O sindicatos dos professores universitários da Unicamp, Usp, Unesp, já redigiram um manifesto apoiando a candidatura de Dilma, outro manifesto escrito por religiosos também está circulando na internet “Se nos calarmos, até as pedras gritarão” este fora escrito e assinado por mais de 120 líderes evangélicos e católicos.

Por isso e outras coisas, meus companheiros, se faz fundamental que elejamos Dilma Presidente. Nós não queremos nossas escolas tomadas por metralhadoras e nem nossas obras durando 16 anos para serem postas em prática, como o caso do Rodoanel que ainda cobra pedágios com preços estratosféricos. Muito menos que nosso transporte público seja cada dia mais caro e ineficiente.

Neste próximo dia 31, quando iremos às urnas, vamos mostrar que não optamos pelo falso popular “ZÉ” Serra, queremos dignidade para o povo brasileiro que é trabalhador. Queremos Dilma Presidente! “A gente quer é ser um cidadão, A gente quer viver uma nação”. Vamos votar e convidar os outros a votar na Dilma!




[1] (Programa Luz Para Todos)

[2] (foram investidos no último ano do Fernando Henrique Cardoso R$ 262,00 milhões. Entre 2007 e 2010 o Governo do PT investiu 8,8 bilhões de reais. Só na Favela da Rocinha (RJ) foi gasto R$ 302,00 milhões em saneamento, mais do que o FHC investiu em todo o território nacional

[3] (Enquanto o Governo do PSDB gastava 2 bilhões anuais com financiamento de moradia popular, Dilma e Lula financiaram a casa própria com 42 bilhões de reais anuais.)

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

IMPRENSA NOJENTA

http://www.youtube.com/watch?v=v9gu81t16sQ&feature=player_embedded

ALIADO DE SERRA APOIA LIDER DO PCC

http://www.youtube.com/watch?v=EjQu-ouQZOc&feature=player_embedded

vejam isto que absurdo!!!

GLOBO MENTE SOBRE CAMPANHA DE SERRA

A mesma matéria pela Globo e pela Record, vejam que absurdo!

http://www.sedentario.org/videos/globo-e-record-dao-versoes-diferentes-para-a-mesma-noticia-jornalistica-31619?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+sedentario+%28Sedent%C3%A1rio+e+Hiperativo%29&utm_content=FaceBook

Professores universitários publicam manifesto pela DILMA!

"Manifesto em Defesa da Educação Pública

Nós, professores universitários, consideramos um retrocesso as propostas e os métodos políticos da candidatura Serra. Seu histórico como governante preocupa todos que acreditam que os rumos do sistema educacional e a defesa de princípios democráticos são vitais ao futuro do país.

Sob seu governo, a Universidade de São Paulo foi invadida por policiais armados com metralhadoras, atirando bombas de gás lacrimogêneo. Em seu primeiro ato como governador, assinou decretos que revogavam a relativa autonomia financeira e administrativa das Universidades estaduais paulistas. Os salários dos professores da USP, Unicamp e Unesp vêm sendo sistematicamente achatados, mesmo com os recordes na arrecadação de impostos. Numa inversão da situação vigente nas últimas décadas, eles se encontram hoje em patamares menores que a remuneração dos docentes das Universidades federais.

Esse “choque de gestão” é ainda mais drástico no âmbito do ensino fundamental e médio, convergindo para uma política sistemática de sucateamento da rede pública. São Paulo foi o único Estado que não apresentou, desde 2007, crescimento no exame do Ideb, índice que avalia o aprendizado desses dois níveis educacionais.

Os salários da rede pública no Estado mais rico da federação são menores que os de Tocantins, Roraima, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Espírito Santo, Acre, entre outros. Somada aos contratos precários e às condições aviltantes de trabalho, a baixa remuneração tende a expelir desse sistema educacional os professores mais qualificados. Diante das reivindicações por melhores condições de trabalho, Serra costuma afirmar que não passam de manifestação de interesses corporativos e sindicais, de “tró-ló-ló” de grupos políticos que querem desestabilizá-lo. Assim, além de evitar a discussão acerca do conteúdo das reivindicações, desqualifica movimentos organizados da sociedade civil, quando não os recebe com cassetetes.

Serra escolheu como Secretário da Educação Paulo Renato, ministro nos oito anos do governo FHC. Neste período, nenhuma Escola Técnica Federal foi construída e as existentes arruinaram-se. As universidades públicas federais foram sucateadas ao ponto em que faltou dinheiro até mesmo para pagar as contas de luz, como foi o caso na UFRJ. A proibição de novas contratações gerou um déficit de 7.000 professores. Em contrapartida, sua gestão incentivou a proliferação sem critérios de universidades privadas. Já na Secretaria da Educação de São Paulo, Paulo Renato transferiu, via terceirização, para grandes empresas educacionais privadas a organização dos currículos escolares, o fornecimento de material didático e a formação continuada de professores. O Brasil não pode correr o risco de ter seu sistema educacional dirigido por interesses econômicos privados.

No comando do governo federal, o PSDB inaugurou o cargo de “engavetador geral da república”. Em São Paulo, nos últimos anos, barrou mais de setenta pedidos de CPIs, abafando casos notórios de corrupção que estão sendo julgados em tribunais internacionais. Seu atual candidato à presidência não hesita em tentar explicitamente interferir no sistema judiciário e em controlar a produção da informação. Destrata jornalistas que lhe dirigem perguntas embaraçosas, enquanto a TV Cultura demite profissionais que realizaram reportagem sobre pedágios.

Sua campanha promove uma deseducação política ao imitar práticas da extrema direita norte-americana em que uma orquestração de boatos dissemina a calúnia e a difamação. A celebração bonapartista de sua pessoa, em detrimento das forças políticas, só encontra paralelo na campanha de 1989, de Fernando Collor.

Como candidato, José Serra já é uma ameaça à liberdade de imprensa e à democracia. Não é difícil imaginar o que faria se fosse eleito."

FHC garante "Serra foi um dos que mais lutou pela privatização da Vale, e da Light também."

http://www.youtube.com/watch?v=1iegmQy_dh4


Vejam o vídeo é incrível!!!!
SERRA PRESIDENTE, JAMAIS!!!

"Serra é vitorioso no LATIFÚNDIO" diz filósofa Marilena Chauí

por mst.org.br
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www.youtube.com/watch?v=bcj9qtiScvk&feature=player_embedded
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Veja vídeo do ato no Largo São Francisco, realizado na semana passada, contra José Serra (PSDB) e pela eleição de Dilma Rousseff (PT).

A filósofa Marilena Chauí critica a tentativa dos setores conservadores de fazer da eleição presidencial um plebiscito sobre o aborto.

Além disso, ela destaca que Serra só ganhou de Dilma, no 1º turno, nos estados do latifúndio.

Assista o vídeo abaixo.


Leia a transcrição do trecho da análise de Marilena Chauí sobre Serra e o latifúndio.

"O mapa [dos votos] mostra que José Serra foi vitorioso em todas as regiões de agroindústria.

Portanto, ele foi vitorioso nas regiões que, no meu tempo, quando eu era jovem, chamava latifúndio.

Num latifúndio que ataca o meio ambiente e impede a Reforma Agrária.

Então, não é pouco que isso se refira [os votos do Serra] a uma estrutura da terra criada desde a colonização.

E que isso esteja ligado aos obstáculos, sob a forma do crime, contra a Reforma Agrária. E que seja também um ataque ao meio ambiente.

[...]

É preciso lembrar os ambientalista que apoiar José Serra significa apoiar a agroindústria.

Portanto, o ataque ao meio ambiente, além da impossibilidade de reformar a questão da terra no Brasil"


JORNAL FOLHA DE SÃO PAULO É ALIENADO, MENTIROSO E FACTÓIDE

do blog "Vi o Mundo":
Marco Aurélio Garcia: “Manchete da Folha é mentirosa”

por Conceição Lemes

Manchetão da Folha de S. Paulo de hoje repercutiu em toda a imprensa.

“Só que a manchete da Folha é mentirosa”, detona o professor Marco Aurélio Garcia. “O aborto não consta do programa de governo da candidata do PT. Portanto, é impossível retirar uma coisa que não tem.”

“O Serra tenta fazer do aborto uma questão central do segundo turno para desviar o foco do debate de programa de governo, que ele não tem”, afirma Marco Aurélio. “Aí, parte para uma guerra suja, para desqualificar a nossa candidata. E como não tem coragem para assumir a paternidade a sordidez, ele a terceiriza para os seus paus-mandados.”

O professor Marco Aurélio Garcia é coordenador de programa de governo da candidata petista. A partir de hoje passa a ter maior participação na coordenação da campanha, do qual já é um dos coordenadores.

A mensagem sobre aborto postada no twitter por André Vargas, deputado federal (PT-PR) e secretário nacional de comunicação do PT,também gerou muita crítica hoje, principalmente na internet.

“Além de inoportuna”, reagiu Marco Aurélio, ” é uma declaração injusta com as feministas.”

André Vargas disse no twitter: “Foi um erro ser pautado internamente por algumas feministas. Eu e outros fomos contra [a descriminalização do aborto]”.

“A declaração dele [André Vargas] é inoportuna, pois é uma questão que não pode ser discutida de forma simplista”, explica Marco Aurélio. “Injusta, porque as feministas não estão exigindo que incluamos o assunto neste momento no debate. Não podemos ganhar uma eleição usando o discurso ofensivo, discriminatório, da direita. Portanto, repelimos totalmente esse tipo discurso. A Dilma não é a favor do aborto, mas entende que ele tem de ser discutido no âmbito da saúde pública e das respostas da saúde da mulher.”

Aliás, saúde (implica fortalecimento do SUS), educação (de melhor qualidade) e segurança pública serão as três áreas prioritárias do futuro governo Dilma, que já as discutiu com os governadores eleitos.

“Serão os governadores que darão sustentação a esse programa”, diz Marco Aurélio. “O Rio de Janeiro é uma prova de que isso dá certo. A parceria do governo federal com o estadual está dando bons resultados na segurança pública. Já em São Paulo, onde isso não acontece, a política de segurança pública fracassou.”

Os três pontos prioritários já são compromissos do programa de Dilma. Só que agora a campanha pretende explicitá-los mais.

“O que está em jogo são dois projetos”, ressalta Marco Aurélio. “O da oposição, que é um projeto neoliberal. E o nosso que privilegia a melhor educação, reduziu a mortalidade infantil, tirou 30 milhões de pessoas da linha abaixo da pobreza, gerou 14 milhões de empregos com carteira assinada, entre muitas conquistas. A sociedade não é composta por um bando de imbecis, como imagina a oposição. Ela vai saber escolher qual projeto tem realmente mais compromisso com a vida.”

“Para isso, pedimos desde já aos militantes e simpatizantes do PT, PMDB, PCdo B, PSB, PDT, que nos ajudem a divulgar esses compromissos do governo e a desmascarar as mentiras do esquema Serra”, arremata Marco Aurélio. “Nós não queremos apenas vencer. Queremos uma grande vitória que legitime ainda mais o governo da futura presidente do Brasil, Dilma Rousseff.”

ARTISTAS E INTELECTUAIS DECLARAM VOTO A DILMA


O MOVIMENTO DOS ARTISTAS E INTELECTUAIS BRASILIEIROS PELO VOTO CONTRA O PSDB PARA PRESIDÊNCIA, EM PROL DA DILMA E DO PT ESQUENTA AS ELEIÇÕES!





Aldir Blanc, ilustre compositor brasileiro, parceiro de João Bosco já se manifestou:






Além de Aldir Blanc, outros já se manifestaram


Manifesto de Artistas e Intelectuais por Dilma

“Nós, que no primeiro turno votamos em distintos candidatos e em diferentes partidos, nos unimos para apoiar Dilma Rousseff. Fazemos isso por sentir que é nosso dever somar forças para garantir os avanços alcançados. Para prosseguirmos juntos na construção de um país capaz de um crescimen to econômico que signifique desenvolvimento para todos, que preserve os bens e serviços da natureza, um país socialmente justo, que continue acelerando a inclusão social, que consolide, soberano, sua nova posição no cenário internacional.

Um país que priorize a educação, a cultura, a sustentabilidade, a erradicação da miséria e da desiguladade social. Um país que preserve sua dignidade reconquistada.

Entendemos que essas são condições essenciais para que seja possível atender às necessidades básicas do povo, fortalecer a cidadania, assegurar a cada brasileiro seus direitos fundamentais.

Entendemos que é essencial seguir reconstruindo o Estado, para garantir o desenvolvimento sustentável, com justiça social e projeção de uma política externa soberana e solidária.

Entendemos que, muito mais que uma candidatura, o que está em jogo é o que foi conquistado.

Por tudo isso, declaramos, em conjunto, o apoio a Dilma Rousseff. É hora de unir nossas forças no segundo turno para garantir as conquistas e continuarmos na direção de uma sociedade justa, solidária e soberana”. Leonardo Boff, Chico Buarque, Fernando Morais, Emir Sader, Eric Nepumuceno


Além deles, o compositor Hemínio Bello de Carvalho também já declarou seu voto à Dilma Rousseff:

"Meu Voto em Dilma

Aldir Blanc me telefona, advertindo para os rumos de satanização da campanha presidencial. Confesso que, na hora, não me dei conta da gravidade da advertência. Eis o texto que ele divulgou na internet.


Comprei o “Dicionário analógico” prefaciado por Chico Buarque, que agora divide prateleira com o de “Idéias Afins”, do xará Hermínio Sargentim. (Aliás, preciso recomprar o “Mèrde, Dictionaire des Injures” – um presente de meu querido Turíbio Santos e que redestinei a outro amigo querido, o poeta Carlos Drummond de Andrade). Fui também ao “Dicionário Etimológico”, do Antonio Geraldo Cunha.

Essa procura se deve à capa da “Veja” desta semana. Nela, a figura da candidata Dilma Rousseff surge diagramada de forma não muito original: a mesma foto aparece duplicada, mas em sentido oposto. Na parte de cima, em fundo vermelho, uma declaração da candidata sobre aborto. Na inferior, a mesma foto, inversa, sobre fundo branco, com outra opinião da mesma candidata a respeito do tema polêmico.

Senti ali, na hora: eis a mão peluda da direita mais conservadora expondo suas garras, suas unhas sujas. O fundo vermelho da parte superior me remete ao satanismo – sempre foi assim, desde a infância. A analogia se faz óbvia, pelo menos para mim. Deixei de investigar nos dicionários a clarificação exata do que seria satanismo. Mas a intenção da revista está ali, tão às claras, que dispensa qualquer dicionarização.

Não preciso esperar de Marina Silva a declaração de voto que fará para os dois candidatos à presidência, ou à possível abstenção de voto, liberando seus vinte milhões de eleitores para seguirem suas consciências.

Mais uma vez, é a voz da hipocrisia que fala mais alto. A palavra aborto é maldita, e assim também se evita falar sobre drogas, sobre a união civil de pessoas do mesmo sexo, temas que em outros paises menos subdesenvolvidos são abertamente discutidos – embora, sei lá, deva encontrar alguma resistência das elites conservadoras, das igrejas, ou das pessoas que simplesmente não desejam participar da questão. E respeite-se, pois, esses abstinentes. Faz parte do discurso democrático respeitar as opiniões ou a falta delas.

O que me fez votar em Marina Silva no primeiro turno foi exatamente a postura arrogante de parte dos seguidores de Dilma Rousseff, e dela mesmo, que pareciam ungidos pela vitória nas urnas, antes mesmo que elas abrissem suas bocarras. Foi um pito, um “preste atenção em seu nariz empinado”, foi uma forma democrática de dizer que votaríamos nela sim, desde que descesse de seu salto alto – e que o voto em Marina, candidata de postura fascinante, era nossa forma de dizer que existem outras maneiras de se disputar uma eleição.

Uma delas, agora, está expressa na nojenta capa da “Veja”. É uma forma de se desviar de discussões mais objetivas como saúde, educação, cultura, saneamento, planejamento familiar, etc. e tal.

Não preciso aguardar a decisão de Marina Silva para declarar meu voto em Dilma Rousseff. A mão peluda que diagramou a capa da revista “Veja” é claro que me assusta.

Mas foi uma forma clara de nos deixar atentos às manobras da direita.

Hermínio Bello de Carvalho

PS. Hugo Carvana e outros artistas nos convocam para encontro no Teatro Casa Grande, dia 18/10. Estarei lá."

GILBERTO GIL DECLAROU VOTO A DILMA NO SEGUNDO TURNO!!!


"O cantor, compositor Gilberto Gil, do PV, apoiou Marina Silva no primeiro turno, e declarou publicamente voto em Dilma Rousseff agora no segundo turno.

Filiado histórico do Partido Verde (PV), Gil foi colega de ministério de Dilma no governo Lula, no posto de ministro da Cultura. Deixou como sucessor Juca Ferreira, também do PV (mas apoiou Dilma já no 1º turno).

Flora, mulher de Gil, já havia declarado voto para a petista ainda no primeiro turno." Jornal Folha de São Paulo.



MANIFESTO DA COMUNIDADE CRISTÃ SOBRE AS ELEIÇÕES 2010!!!

“Se nos calarmos, até as pedras gritarão!


Manifesto de Cristãos e cristãs evangélicos/as e católicos/as em favor da vida e da Vida em Abundância!

Somos homens e mulheres, ministros, ministras, agentes de pastoral, teólogos/as, padres, pastores e pastoras, intelectuais e militantes sociais, membros de diferentes Igrejas cristãs, movidos/as pela fidelidade à verdade, vimos a público declarar:

1. Nestes dias, circulam pela internet, pela imprensa e dentro de algumas de nossas igrejas, manifestações de líderes cristãos que, em nome da fé, pedem ao povo que não vote em Dilma Rousseff sob o pretexto de que ela seria favorável ao aborto, ao casamento gay e a outras medidas tidas como “contrárias à moral”.

A própria candidata negou a veracidade destas afirmações e, ao contrário, se reuniu com lideranças das Igrejas em um diálogo positivo e aberto. Apesar disso, estes boatos e mentiras continuam sendo espalhados. Diante destas posturas autoritárias e mentirosas, disfarçadas sob o uso da boa moral e da fé, nos sentimos obrigados a atualizar a palavra de Jesus, afirmando, agora, diante de todo o Brasil: “se nos calarmos, até as pedras gritarão!” (Lc 19, 40).

2. Não aceitamos que se use da fé para condenar alguma candidatura. Por isso, fazemos esta declaração como cristãos, ligando nossa fé à vida concreta, a partir de uma análise social e política da realidade e não apenas por motivos religiosos ou doutrinais. Em nome do nosso compromisso com o povo brasileiro, declaramos publicamente o nosso voto em Dilma Rousseff e as razões que nos levam a tomar esta atitude:

3. Consideramos que, para o projeto de um Brasil justo e igualitário, a eleição de Dilma para presidente da República representará um passo maior do que a eventualidade de uma vitória do Serra, que, segundo nossa análise, nos levaria a recuar em várias conquistas populares e efetivos ganhos sócio-culturais e econômicos que se destacam na melhoria de vida da população brasileira.

4. Consideramos que o direito à Vida seja a mais profunda e bela das manifestações das pessoas que acreditam em Deus, pois somos à sua Imagem e Semelhança. Portanto, defender a vida é oferecer condições de saúde, educação, moradia, terra, trabalho, lazer, cultura e dignidade para todas as pessoas, particularmente as que mais precisam. Por isso, um governo justo oferece sua opção preferencial às pessoas empobrecidas, injustiçadas, perseguidas e caluniadas, conforme a proclamação de Jesus na montanha (Cf. Mt 5, 1- 12).

5. Acreditamos que o projeto divino para este mundo foi anunciado através das palavras e ações de Jesus Cristo. Este projeto não se esgota em nenhum regime de governo e não se reduz apenas a uma melhor organização social e política da sociedade. Entretanto, quando oramos “venha o teu reino”, cremos que ele virá, não apenas de forma espiritualista e restrito aos corações, mas, principalmente na transformação das estruturas sociais e políticas deste mundo.

6. Sabemos que as grandes transformações da sociedade se darão principalmente através das conquistas sociais, políticas e ecológicas, feitas pelo povo organizado e não apenas pelo beneplácito de um governante mais aberto/a ou mais sensível ao povo. Temos críticas a alguns aspectos e algumas políticas do governo atual que Dilma promete continuar. Motivo do voto alternativo de muitos companheiros e companheiras Entretanto, por experiência, constatamos: não é a mesma coisa ter no governo uma pessoa que respeite os movimentos populares e dialogue com os segmentos mais pobres da sociedade, ou ter alguém que, diante de uma manifestação popular, mande a polícia reprimir. Neste sentido, tanto no governo federal, como nos estados, as gestões tucanas têm se caracterizado sempre pela arrogância do seu apego às políticas neoliberais e pela insensibilidade para com as grandes questões sociais do povo mais empobrecido.

7. Sabemos de pessoas que se dizem religiosas, e que cometem atrocidades contra crianças, por isso, ter um candidato religioso não é necessariamente parâmetro para se ter um governante justo, por isso, não nos interessa se tal candidato/a é religioso ou não. Como Jesus, cremos que o importante não é tanto dizer “Senhor, Senhor”, mas realizar a vontade de Deus, ou seja, o projeto divino. Esperamos que Dilma continue a feliz política externa do presidente Lula, principalmente no projeto da nossa fundamental integração com os países irmãos da América Latina e na solidariedade aos países africanos, com os quais o Brasil tem uma grande dívida moral e uma longa história em comum. A integração com os movimentos populares emergentes em vários países do continente nos levará a caminharmos para novos e decisivos passos de justiça, igualdade social e cuidado com a natureza, em todas as suas dimensões. Entendemos que um país com sustentabilidade e desenvolvimento humano – como Marina Silva defende – só pode ser construído resgatando já a enorme dívida social com o seu povo mais empobrecido. No momento atual, Dilma Rousseff representa este projeto que, mesmo com obstáculos, foi iniciado nos oito anos de mandato do presidente Lula. É isto que está em jogo neste segundo turno das eleições de 2010.

Com esta esperança e a decisão de lutarmos por isso, nos subscrevemos:

Dom Thomas Balduino, bispo emérito de Goiás velho, e presidente honorário da CPT nacional

Dom Pedro Casaldáliga, bispo emérito da Prelazia de São Felix do Araguaia-MT

Dom Demetrio Valentini, bispo de Jales-SP e presidente da Cáritas nacional

Dom Luiz Eccel – Bispo de Caçador-SC

Dom Antonio Possamai, bispo emérito da Rondônia

Dom Sebastião Lima Duarte, bispo de Viana- Maranhão

Dom Xavier Gilles, bispo emérito de Vina- Maranhão

Padre Paulo Gabriel, agente de pastoral da Prelazia de São Felix do Araguaia /MT

Jether Ramalho, Rio de Janeiro

Marcelo Barros, monge beneditino, teólogo

Professor Candido Mendes, cientista político e reitor

Luiz Alberto Gómez de Souza, cientista político, professor

Zé Vicente, cantador popular, Ceará

Chico César, Cantador popular, Paraíba/São Paulo

Revdo Roberto Zwetch, igreja IELCB e professor de teologia em São Leopoldo

Pastora Nancy Cardoso, metodista, Vassouras / RJ

Antonio Marcos Santos, Igreja Evangélica Assembléia de Deus – Juazeiro – Bahia

Maria Victoria Benevides, professora, da USP

Monge Joshin, Comunidade Zen Budista do Brasil, São Paulo

Antonio Cecchin, irmão marista, Porto Alegre

Ivone Gebara, religiosa católica, teóloga e assessora de movimentos populares.

Fr. Luiz Carlos Susin – Secretário Geral do Fórum Mundial de Teologia e Libertação

Frei Betto, escritor, dominicano

Luiza E. Tomita – Sec. Executiva EATWOT(Ecumenical Association of Third World Theologians)

Ir. Irio Luiz Conti, MSF. Presidente da Fian Internacional

Pe. João Pedro Baresi, pres. da Comissão Justiça e Paz da CRB (Conferência dos religiosos do Brasil) SP

Frei José Fernandes Alves, OP. – Coord. da Comissão Dominicana de Justiça e Paz

Pe. Oscar Beozzo, diocese de Lins

Pe. Inácio Neutzling – jesuíta, diretor do Instituto Humanitas Unisinos

Pe. Ivo Pedro Oro, diocese de Chapecó/SC

Pe. Igor Damo, diocese de Chapecó-SC

Irmã Pompeia Bernasconi, cônegas de Santo Agostinho

Cibele Maria Lima Rodrigues, Pesquisadora

Pe. John Caruana, Rondônia

Pe. Julio Gotardo, São Paulo

Toninho Kalunga, São Paulo

Washingtonn Luiz Viana da Cruz, Campo Largo, PR e membro do EPJ (Evangélicos Pela Justiça)

Ricardo Matense, Igreja Assembléia de Deus, Mata de São João/Bahia

Silvania Costa

Mercedez Lopes,

André Marmilicz

Raimundo Cesar Barreto Jr, Pastor Batista, Doutor em ética social

Pe. Arnildo Fritzen, Carazinho. RS

Darciolei Volpato, RS

Frei Ildo Perondi – Londrina PR

Ir. Inês Weber, irmãs de Notre Dame.

Pe. Domingos Luiz Costa Curta, Coord. Dioc de Pastoral da Diocese de Chapecó/SC

Pe. Luis Sartorel,

Itacir Gasparin

Célio Piovesan, Canoas.RS

Toninho Evangelista – Hortolândia/SP

Geter Borges de Sousa, Evangélicos Pela Justiça (EPJ), Brasília

Caio César Sousa Marçal – Missionário da Igreja de Cristo – Frecheirinha/CE

Rodinei Balbinot, Rede Santa Paulina

Pe. Cleto João Stulp, diocese de Chapecó

Odja Barros Santos – Pastora batista

Ricardo Aléssio, cristão de tradição presbiteriana, professor universitário

Maria Luíza Aléssio, professora universitária, ex-secretária de educação do Recife

Rosa Maria Gomes

Roberto Cartaxo Machado Rios

Rute Maria Monteiro Machado Rios

Antonio Souto, Caucaia, CE

Olidio Mangolim – PR

Joselita Alves Sampaio – PR

Kleber Jorge e silva, teologia – Passo Fundo – RS

Terezinha Albuquerque

PR. Marco Aurélio Alves Vicente – EPJ – Evangélicos pela Justiça, pastor-auxiliar da Igreja Catedral da Família/Goiânia-GO

Padre Ferraro, Campinas.

Ir, Carmem Vedovatto

Ir. Letícia Pontini, discípulas, Manaus

Padre Manoel, PR

Magali Nascimento Cunha, metodista

Stela Maris da Silva

Ir. Neusa Luiz, abelardo luz- SC

Lucia Ribeiro, socióloga

Marcelo Timotheo da Costa, historiador

Maria Helena Silva Timotheo da Costa

Ianete Sampaio

Ney Paiva Chavez, professora educação visual, Rio de janeiro

Antonio Carlos Fester

Ana Lucia Alves, Brasília

Ivo Forotti, Cebs – Canoas – RS

Agnaldo da Silva Vieira – Pastor Batista. Igreja Batista da Esperança – Rio de Janeiro

Irmã Claudia Paixão, Rio de Janeiro

Marlene Ossami de Moura, antropóloga / Goiânia

Ir. Maria Celina Correia Leite, Recife

Pedro Henriques de Moraes Melo – UFC/ACEG

Fernanda Seibel, Caxias do Sul.

Benedito Cunha, pesquisador popular, membro do Centro Mandacaru – Fortaleza

Pe. Lino Allegri – Pastoral do Povo da Rua de Fortaleza, CE

Juciano de Sousa Lacerda, Prof. Doutor de Comunicação Social da UFRN

Pasqualino Toscan – Guaraciaba SC

Francisco das Chagas de Morais, Natal – RN

Elida Araújo

Maria do Socorro Furtado Veloso – Natal, RN

Maria Letícia Ligneul Cotrim, educadora

Maria das Graças Pinto Coelho/ professora universitária/UFRN

Ismael de Souza Maciel membro do CEBI – Centro de Estudos Bíbicos Recife

Xavier Uytdenbroek, prof. aposentado da UFPE e membro da coordenação pastoral da UNICAP

Maria Mércia do Egito Souza agente da Pastoral da Saúde Arquidiocese de Olinda e Recife

Leonardo Fernando de Barros Autran Gonçalves Advogado e Analista do INSS

Karla Juliana Souza Uytdenbroek Bacharel em Direito

Targelia de Souza Albuquerque

Maria Lúcia F de Barbosa, Professora UFPE

Débora Costa-Maciel, Profª. UPE

Maria Theresia Seewer

Ida Vicenzia Dias Maciel

Marcelo Tibaes

Sergio Bernardoni, diretor da CARAVIDEO- Goiânia – Goiás

Claudio de Oliveira Ribeiro. Sou pastor da Igreja Metodista em Santo André, SP

Pe. Paulo Sérgio Vaillant – Presbítero da Arquidiocese de Vitória – ES

Roberto Fernandes de Souza. RG 08539697-6 IFP RJ - Secretario do CEBI RJ

Sílvia Pompéia.

Pe. Maro Passerini – coordenador Past. Carcerária – CE

Dora Seibel – Pedagoga, Caxias do Sul

Mosara Barbosa de Melo

Maria de Fátima Pimentel Lins

Prof. Renato Thiel, UCB-DF

Alexandre Brasil Fonseca , Sociólogo, prof. da UFRJ, Ig. Presbiteriana e coordenador da Rede FALE)

Daniela Sanches Frozi, (Nutricionista, profa. da UERJ, Ig. Presbiteriana, conselheira do CONSEA Nacional e vice-presidente da ABUB)

Marcelo Ayres Camurça – Professor do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Religião – Universidade Federal de Juiz de Fora

Revd. Cônego Francisco de Assis da Silva,Secretário Geral da IEAB e membro da Coordenação do Fórum Ecumênico Brasil

Irene Maria G.F. da Silva Telles

Manfredo Araújo de Oliveira

Agnaldo da Silva Vieira – Pedagogo e Pastor Auxiliar da Igreja Batista da Esperança-Centro do Rio de Janeiro

Pr. Marcos Dornel – Pastor Evangélico – Igreja Batista Nova Curuçá – SP

Adriano Carvalho.

Pe. Sérgio Campos, Fundação Redentorista de Comunicações Sociais – Paranaguá/PR

Eduardo Dutra Machado, pastor presbiteriano

Maria Gabriela Curubeto Godoy – médica psiquiatra – RS

Genoveva Prima de Freitas- Professora – Goiânia

M. Candida R. Diaz Bordenave

Ismael de Souza Maciel membro do CEBI – Centro de Estudos Bíbicos Recife

Xavier Uytdenbroek prof. aposentado da UFPE e membro da coordenação pastoral da UNICAP

Maria Mércia do Egito Souza agente da Pastoral da Saúde Arquidiocese de Olinda e Recife

Leonardo Fernando de Barros Autran Gonçalves Advogado e Analista do INSS

Karla Juliana Souza Uytdenbroek Bacharel em Direito

Targelia de Souza Albuquerque

Maria Lúcia F de Barbosa (Professora – UFPE)

Paulo Teixeira, parlamentar, São Paulo

Alessandro Molon, parlamentar, Rio de Janeiro

Adjair Alves (Professor – UPE)

Luziano Pereira Mendes de Lima – UNEAL

Cláudia Maria Afonso de Castro-psicóloga- trabalhadora da Saúde-SMS Suzano-SP

Fátima Tavares, Coordenadora do Programa de Pos-Graduação em Antropologia FFCH/UFBA

Carlos Caroso, Professor Associado do Departamento de Antropologia e Etrnologia da UFBA

Isabel Tooda

Joanildo Burity (Anglicano, cientista político, pesquisador da Fundação Joaquim Nabuco

Prof. Dr. Paulo Fernando Carneiro de Andrade, Doutor em Teologia pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma, Professor de Teologia PUC- Rio

Aristóteles Rodrigues - Psicólogo, Mestre em Ciência da Religião

Zwinglio Mota Dias – Professor Associado III – Universidade Federal de Juiz de Fora

Antonio Francisco Braga dos Santos- IFCE

Paulo Couto Teixeira, Mestrando em Teologia na EST/IECLB

Rev. Luis Omar Dominguez Espinoza

Anivaldo Padilha – Metodista, KOINONIA, líder ecumênico

Nercina Gonçalves

Hélio Rios, pastor presbiteriano

João José Silva Bordalo Coelho, Professor- RJ

Lucilia Ramalho. Rio de janeiro.

Maria tereza Sartorio, educadora, ES

Maria José Sartorio, saúde, ES

Nilda Lucia sartorio, secretaria de ação social, Espírito Santo

Ângela Maria Fernandes – Curitiba, Paraná

Lúcia Adélia Fernandes

Jeanne Nascimento – Advogada em São Paulo/SP

Frei José Alamiro, franciscano, São Paulo, SP

Ruth Alexandre de Paulo Mantoan

José Luiz de Lima

Gilberto Alvarez Giusepone Júnior (Prof. Giba), educador, São Paulo

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

O Brasil deve defender a democracia no Haiti

Retirado do jornal Folha de S. Paulo, 19/01/2010 - Tendências/Debates
MARK WEISBROT, doutor em economia pela Universidade de Michigan, é codiretor do Centro de Pesquisas Econômicas e Políticas, em Washington ( www.cepr.net ). Tradução de Clara Allain .
"MUITO TEMPO antes do terremoto, a situação do Haiti já era comparável à de muitos sem-teto nas ruas de grandes cidades dos EUA: pobres demais e negros demais para ter os mesmos direitos concretos que outros cidadãos.
Em 2002, quando um golpe militar que teve o apoio dos EUA afastou temporariamente o governo eleito da Venezuela, a maioria dos governos no hemisfério reagiu rapidamente e ajudou a forçar o retorno do governo democrático. Mas, dois anos mais tarde, quando o presidente haitiano democraticamente eleito, Jean-Bertrand Aristide, foi sequestrado pelos Estados Unidos e levado de avião para o exílio na África, a reação foi fraca.
Diferentemente dos dois séculos de saque e pilhagem do Haiti desde sua fundação graças a uma revolta de escravos em 1804, da ocupação brutal por fuzileiros navais dos EUA entre 1915 e 1934 e das incontáveis atrocidades cometidas sob ditaduras auxiliadas e apoiadas por Washington, o golpe de 2004 não pode ser relegado ao esquecimento, visto como nada mais que “história antiga”. Aconteceu há apenas seis anos e é diretamente relacionado ao esforço de ajuda e reconstrução que o presidente Obama está propondo agora.
Os Estados Unidos, ao lado de Canadá e a França, conspiraram abertamente durante quatro anos para derrubar o governo eleito do Haiti, cortando quase toda a ajuda internacional ao país com o objetivo de destruir sua economia e torná-lo ingovernável. Eles conseguiram.
Para aqueles que se indagam por que não existem instituições governamentais haitianas para ajudar com os esforços de socorro e ajuda às vítimas do terremoto, essa é uma das grandes razões. Ou o porquê de haver 3 milhões de pessoas amontoadas na área atingida pelo terremoto.
A política dos EUA ao longo dos anos também ajudou a destruir a agricultura haitiana, por exemplo, ao forçar a importação de arroz americano subsidiado e eliminar milhares de plantadores de arroz haitianos.
O primeiro governo democrático de Aristide foi derrubado após apenas sete meses, em 1991, por oficiais militares e esquadrões da morte que, mais tarde, se descobriu estarem a soldo da Agência Central de Inteligência dos EUA. Agora Aristide quer retornar a seu país, algo que a maioria dos haitianos reivindica desde sua derrubada.
Mas os EUA não o querem ali. E o governo Preval, que é completamente dependente de Washington, decidiu que o partido de Aristide -o maior do Haiti- não será autorizado a concorrer nas próximas eleições (previstas originalmente para fevereiro).
O medo que Washington tem da democracia no Haiti talvez explique o porquê de os Estados Unidos agora estarem enviando 10 mil soldados e priorizando a “segurança”, em lugar das necessidades de vida ou morte dos milhares de pessoas que precisam de atendimento médico urgente.
Na manhã de domingo, o mundialmente renomado grupo humanitário Médicos Sem Fronteiras queixou-se que um avião transportando sua unidade hospitalar móvel foi obrigado pelos militares americanos a mudar de rota, passando primeiramente pela República Dominicana. Isso custaria 24 horas cruciais e um número desconhecido de vidas.
Essa ocupação militar por tropas dos EUA vai suscitar outras preocupações no hemisfério, dependendo de quanto tempo elas permanecerem -assim modo como a ampliação recente da presença militar dos Estados Unidos na Colômbia vem sendo recebida com insatisfação e desconfiança consideráveis.
Organizações não governamentais vêm levantando outras questões sobre a reconstrução proposta: compreensivelmente, querem que a dívida remanescente do Haiti seja cancelada e que sejam feitas doações ao país, e não empréstimos (o FMI propôs um empréstimo de US$ 100 milhões). As necessidades da reconstrução chegarão a bilhões de dólares.
Será que Washington vai incentivar o estabelecimento de um governo que funcione? Ou vai impedi-lo, canalizando a assistência por meio de ONGs e assumindo ele próprio várias outras funções, devido a sua oposição de longa data à autonomia do Haiti?
O Brasil não segue a linha de Washington na América do Sul nem, mais recentemente, o fez em Honduras, “quintal” dos Estados Unidos -onde o governo brasileiro defendeu em vão a restauração da democracia após o golpe de 28 de junho, e a administração Obama, não.
Por que não defender a democracia também para o Haiti, mesmo que Washington seja contra?"